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Olá, Shalom, eu sou Adilson Yupi e estou com a palavra!

Caso não tenha acompanhado o artigo inicial, convido você a fazê-lo, para então conferir esta segunda parte.

 

Você, provavelmente, conheça o evento do pecado original. Adão e Eva sendo enganados pela serpente. Vamos ao trecho das Escrituras que narra tal evento.

 

[Gênesis 3:1-7]

A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos, que Yahweh Deus havia feito. E aconteceu que ela questionou com a mulher: ?Então foi isto mesmo que Deus falou: ?Vós não podeis comer nenhum dos frutos das árvores do jardim??

Ao que declarou a mulher à serpente: ?Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim.

Mas do fruto da árvore que está no centro do jardim, Deus disse: ?Dele não comereis, nele não tocareis, para que não morrais!??

A serpente então alegou à mulher: ?Com toda a certeza não morrereis!

Ora, Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e vós, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal!?

Quando a mulher observou que a árvore realmente parecia agradável ao paladar, muito atraente aos olhos e, além de tudo, desejável para dela se obter sagacidade, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que estava em sua companhia, e ele igualmente comeu.

Então os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; em seguida entrelaçaram folhas de figueira e fizeram cintas para cobrir-se.

 

Havia uma lei, uma regra. Eles não tinham permissão para comer UM dos frutos dentre muitos que o jardim fornecia.

Considerando que toda lei precisa ter uma pena para os infratores, esta não fugia a regra.

 

Assim como os escribas, os quais citamos no artigo anterior, a serpente também não tinha poder para alterar a lei, ela até que tentou, acrescentando na proibição o fruto do conhecimento do bem e do mal.

 

- ?Vós não podeis comer nenhum dos frutos das árvores do jardim??

 

Porém, Eva foi enfática.

 

- ?Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim.

 

Eva, sabia muito bem o teor da lei.

 

- ?Dele (o fruto do conhecimento do bem e do mal) não comereis, nele não tocareis, para que não morrais!?

 

Foi então que a serpente reduziu a pena. Procurou suavizar.

 

- ?Com toda a certeza não morrereis!?

 

Bom, a lei não deixava dúvidas, contudo, Eva foi seduzida, persuadida, e acabou por comer o fruto, bem como, convenceu Adão a fazer o mesmo.

 

Não é difícil encontramos pessoas que querem que façamos o mesmo que elas. Funciona como uma validação de suas ações.

 

Nos grupos sociais há tanto Eva, como Adão, ou seja, os que persuadem e os persuadidos. Nós alternamos nos papéis.

 

A aceitação social é um dos fatores que nos leva a validação de nossas ações. O ser humano tem a necessidade de se sentir parte do grupo, estar associado a uma tribo.

 

Eva, sabia que estava infringindo uma lei. Ela confessou com sua boca. - ?Do fruto não comereis.?

 

E, quando você infringe a lei, é correto lhe ser infligido uma pena!

 

Eva sabia da pena. ? ?para que não morrais!?

 

Tanto sabia, que foi correndo acrescentar Adão ao time dos mortos. Naquele momento era fundada uma tribo, um país chamado mundo.

 

Quem sabe, Eva poderia ter pensando: - Toda regra tem sua exceção, o fruto é agradável ao paladar, muito atraente aos olhos. Não pode ser tão ruim comê-lo.

Vale a pena correr o risco. Sei lá o dia de amanhã?

 

Viver o aqui e agora é muito importante, afinal, só temos o hoje, porém, devemos estar cientes que se não houver amanhã, o hoje será somente uma pausa para a eternidade.

 

[Eclesiastes 11:9]

Jovem, alegra-te na tua mocidade! Sê feliz o teu coração nos dias da tua juventude. Segue os caminhos que o teu coração indicar e todos os desejos dos teus olhos; saibas, contudo, que tudo quanto fizeres passará pelo julgamento de Deus.

 

Eva, assumiu o risco. E Adão, não ficou de fora. Se juntou ao grupo.

Não há diferença em você ser o anfitrião ou o convidado. A Eva ou o Adão.

O que, realmente, conta é a sua posição diante do que foi estabelecido.

Ser persuadido pela serpente ou por Eva, não alterava a pena.

Tanto Eva como Adão foram expulsos do paraíso.

A pena alcançou a eles e a nós. Daí a origem do pecado original.

Lembra do trânsito em julgado que falei na introdução deste artigo?

 

Você pode até não concordar com a pena infligida a todos, afinal, você não estava lá!

Mas, seja sincero, será que eu e você, também, não degustaríamos de um fruto tão peculiar?

Relembremos a narrativa de Gênesis 3:6.

 

[Gênesis 3:6]

Quando a mulher observou que a árvore realmente parecia agradável ao paladar, muito atraente aos olhos e, além de tudo, desejável para dela se obter sagacidade, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que estava em sua companhia, e ele igualmente comeu.

 

Com esta indagação, passo a palavra para você. Contudo quero acrescentar outras questões importantes.

  

Será que, realmente, toda regra há sua exceção?

Se sim, como avaliar se a exceção é válida?

Quem decide, e quais são os critérios para estabelecer a exceção?

A exceção vale para todos? Se vale, não terá virado regra? Se não vale, não se trata de julgo interesse?

 

Será que somos diferentes de Eva? Não persuadimos? Não procuramos quem valide nossas atitudes, sejam estas marginais ou não?

 

E de Adão? Somos ou não persuadidos a nos juntar ao grupo, a se associar a tribo?

Nos rendemos a oferta do fruto, ou nos mantemos fiéis ao que está estabelecido? Mas, do que se trata o estabelecido e quem foi que estabeleceu? Qual o motivo de tudo isto acontecer?

 

O complicado de tudo nem é descobrir o estabelecido, o estabelecedor, o motivo, e sim, saber que Eva é unha e carne. Então, como podemos rejeitar ao seu convite?

 

Agora, é você quem está com a palavra.

 

 

Shalom!